9 de dez. de 2009

Morreu hoje, aos 64 anos, Luiz Carlos Alborghetti!

Iniciou sua carreira em 1976, numa rádio de Londrina, Paraná, com um programa policial de nome Cadeia em que relatava os crimes ocorridos na cidade. Seu tom inflamado e desafiador contra os criminosos sempre foi uma característica marcante, e três anos mais tarde, Alborghetti estreou um programa de TV, também chamado Cadeia, inicialmente para a cidade de Londrina, sendo ampliado posteriormente para todo o estado do Paraná em 1982. Neste mesmo ano, Alborghetti foi eleito vereador pela cidade, e, dois anos depois, deputado pela primeira vez, sendo reeleito em 1990.

Em 1992, Alborghetti estreou o Cadeia Nacional, levando seu programa para todo o Brasil, através da Rede CNT (antiga Rede OM de Televisão - que possuía em seu quadro de afiliadas, a TV Gazeta - canal 11 de São Paulo). Várias características marcaram a atuação de Alborghetti na TV: o discurso ácido, uma toalha dependurada sobre os ombros, os óculos de leitura, uma caneta entre os dedos da mão direita e um porrete de madeira, que ele usava para descontar sua raiva batendo em qualquer objeto que visse (principalmente em sua mesa) sempre que algo o enfurecia.

Dois anos mais tarde, Alborghetti deixou, provisoriamente, o comando de seu programa para concorrer à deputado estadual. Foi eleito pela terceira vez e, ao retornar ao programa, mudou de emissora e passou a concorrer com o antigo programa, com transmissão voltada apenas para o estado do Paraná. Em 1998, deixa o comando deste para tentar a sua terceira reeleição, sendo bem-sucedido. Pouco tempo depois, retorna ao comando de seu programa, também veiculado na Rede CNT.

Em 2002 tentou novamente a reeleição, sem sucesso. Perdeu por cinco mil votos.

Em 2006, Alborghetti estreou o programa Cadeia Sem Censura, veiculado de segunda a sexta-feira na Rede Intervalo de Comunicação, uma webradio (rádio pela internet) posteriormente transformada em TV, baseada em Curitiba. Ficou seis meses no ar, até agosto do mesmo ano. Por falta de patrocinadores, o programa saiu do ar, fazendo com que Alborghetti migrasse para a Rádio Colombo, também de Curitiba.

Em 7 de maio de 2007, passou a apresentar seu programa Cadeia Sem Censura exclusivamente pela Internet, no site cadeiaweb.com.br de segunda a sexta-feira, de 10 às 12 horas, e disponibilizava os programas em sua comunidade oficial do Orkut.

Estreou no dia 3 de março de 2008 o programa Plantão Mais, exibido de segunda a sexta-feira, das 17 às 19 horas, na Rádio Mais AM 1120.

Em 4 de agosto de 2008 passou a apresentar o Cadeia Sem Censura na Fusão TV, que foi exibido de segunda a sexta-feira, de 17 às 18 horas no endereço www.fusaotv.com.

Alborghetti morreu em Curitiba, hoje, vítima de câncer de pulmão.

Momentos marcantes:

  • Ao denunciar o tráfico no Rio de Janeiro, chamou a facção criminosa Comando Vermelho de "bando de bichas".
  • Impediu através do Ministério Público que a banda Planet Hemp fizesse um show no Paraná devido a apologia às drogas (em particular a maconha) relatada em suas músicas.
  • Ao comentar sobre o PCC, chamou seu líder, Marcos Camacho, vulgo Marcola, de "bundeiro, dador de bunda".

Frases famosas:

"Bandido bom é bandido morto!"
  • "Cadeia nele já!"
  • "Bandido é bandido, malandragem! E bandido você tem que mandar matar!"
  • "Um beijo na sua alma!"
  • "Tá mais quebrado(a) que arroz de terceira!"
  • "Eu não fui desmamado com garapa!"
  • "Não tem que construir mais cadeias! Tem que construir mais cemitérios!"
  • "Tá com pena dele? Leva pra tua casa! Põe pra dormir na tua cama!" (frase dirigida a defensores dos direitos dos bandidos)
  • "Vamos tirar a máscara e lavar a cara!"
  • "Falsos profetas, falsos moralistas!" (para os supostos defensores dos direitos humanos)
  • "Cadeia pra vocês, vagabundos!"
  • "Vai sentar na tromba do elefante!"
  • "Vamos rezar para o negão, o traficante morto, para beneficiar a família brasileira."
  • "Vai pro inferno Satanás!"
  • "O fulano peidou pra muzenga!"
  • "Mataram mais um assassino. Aleluia!"
  • "O fulano agora está no colo do capeta!"
  • "Eu fico desgraçado da minha cabeça."
  • "Tem que meter uma trolha no anel de couro desse..."
Curiosidades:
  • O apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, o Ratinho, foi repórter de Alborghetti durante 12 anos. Mais tarde, fez fama, imitando seus trejeitos em alguns quadros de seu programa.
  • O programa Hermes e Renato, da MTV Brasil, fez uma paródia do programa de Alborghetti no quadro "Chapa Quente", onde o apresentador Bradock faz o papel de jornalista policial.
  • A banda curitibana de ska-rock Boi Mamão fez uma música em homenagem a Luiz Carlos Alborghetti. A música se chama "Vagabundo" e foi lançada no CD independente "Ska com Pauleira".
  • "Esse governador de São Paulo, Fleury, é um bundão!" Foi com essa frase, dirigida ao então governador do estado de São Paulo na época, Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1994), que ele foi afastado do programa "Cadeia Nacional", dando oportunidade para o então quase desconhecido Ratinho apresentar o programa. Esta informação foi fornecida por um ex-funcionário da extinta Rede OM, que lá trabalhava na época dos fatos. Depois do incidente, Ratinho foi para a Record, para o SBT e hoje é multi-milionário.
  • Seus vídeos atualmente fazem muito sucesso no site YouTube e é homenageado em uma comunidade no Orkut que possui cerca de 10000 membros.
  • Alborghetti é chamado por seus fãs de "Mestre", "Mestre Dalborgha" ou mais recentemente, "Charles Dal".
Ele chegou a gravar e postar no Youtube um video onde contava aos fãs sobre sua doença e seu crítico estado de saúde. O velório ocorrerá na Assembleia Legislativa do Paraná.

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