12 de nov. de 2009

Lemmy(vocalista e baixista doMotorhead) e Dave Lomabardo (baterista do Slayer) fazem cover de Stand By Me

O frontman do MOTORHEAD Lemmy gravou recentemente com o baterista Dave Lombardo um cover da música de Ben E. King, "Stand By Me". Você pode conferir a versão para a música abaixo. Ela foi gravada para a trilha sonora do filme "Extremely Sorry" que será lançado no dia 8 de dezembro.

http://www.youtube.com/watch?v=fOPd0GgB0JI

Conheça Neil Young



Em função de seu aniversário vou escrever sobre ele para quem não conhece muito bem conhecer melhor.

O Caipira Grunge!



O cantor/compositor Neil Young algumas vezes é sonhador, outras grosseiro e até as duas coisas ao mesmo tempo. Ele tem se mantido na estrada desde os anos setenta, fazendo músicas com três estilos básicos - baladas acústicas solo, rock country moderado e hard pesado, tudo realçado por sua voz marcante - e ele muda de um para outro de uma hora para outra. Seu comportamento subjetivo também muda de confissões pessoais para histórias alusivas como num toque de mágica.

Como um primitivo dedicado, Young está constantemente provando que a simplicidade nem sempre é simples.

Quando criança, Young mudou-se com sua mãe para Winnipeg, Canadá, após ela ter se divorciado de seu pai, um famoso jornalista esportivo. Ele tocou em vária bandas de colégio, inclusive na Esquires, Stardusters e Squires. Também começou se apresentando em bares populares, onde ele conheceu Stephen Stills e Joni Mitchell, que escreveu "The Circle Game" para Young, após ouvir "Sugar Mountains".

Em meados dos anos sessenta, Young mudou-se para Toronto (Canadá), onde ele iniciou sua carreira solo. Em 1966, Neil e o baixista Bruce Palmer formaram o Mynah Birds, que também tinha como integrante Rick James e fechou contrato com a Motown Records. Após o fracasso, ele e Palmer seguiram para Los Angeles no Pontiac modelo funerária de Neil Young.Young e Palmer foram atrás de Stills e um outro amigo dos dois, chamado Richie Furay, para formar a banda Buffalo Springfield, uma das mais importantes da geração rock-country-folk. Então, eles gravaram "Broken Arrow", "I Am a Child", "Mr. Soul" e "Nowadays Clancy Can't Even Sing" do próprio Young.

Porém os atritos aumentou: Young deixou a banda, voltou e saiu várias vezes e, em maio de 1968, após ter gravado três álbuns, a banda acabou.

Young contratou o empresário de Joni Mitchell, Eliot Roberts, e lançou seu primeiro LP solo em janeiro de 1969, que foi co-produzido por Jack Nitzche. Quase na mesma época, Young começou a tocar com uma banda chamada Rockets que mais tarde, passou a chamar Crazy Horse, tendo Ralph Molina como baterista, Billy Talbot como baixista e Danny Whitten na guirtarra. Young gravou Everybody Knows This Is Nowhere (1969) em duas semanas. O álbum trazia três músicas bastante famosas de Young: "Cinnamon Girl", "Down by the River" e "Cowgirl in the Sand" que , mais tarde, Young revelou que elas foram escritas em um dia, quando ele estava com uma forte gripe. O álbum ganhou disco de ouro (e mais tarde de platina), mas Young decidiu dividir seu tempo entre a Crazy Horse e Crosby, Stills and Nash, que ele tinha formado em junho. Em março de 1970, ele entrou de cabeça no álbum Deja Vu da CSN&Y (Crosby, Stills, Nash e Young).

O terceiro solo de Young, After the Gold Rush (1970), trazia os caras da Crazy Horse e o guitarrista de 17 anos de idade, Nils Lofgren. Este álbum estourou com o single "Only Love Can Break Your Heart" (1970), revelando mais uma vez o talento de Young. Harvest (1972), que alcançou primeira posição das paradas americanas com a música "Heart of Gold", fez do cantor/compositor uma estrela.

Após o lançamento do álbum ao vivo, Four Way Street, em 1971, a CSN&Y acabou. Em 1972, Young produziu um filme para o cinema, chamado Journey Through the Past. O filme e sua trilha sonora foram bastante comentados pelos críticos. Times Fade Away (1973) veio para confundir os fãs de Young, pois foi um álbum ao vivo inacabado, gravado com o Stray Gators, que tinha Nitzsche (teclado), Ben Keith (guitarra), Tim Drummond (baixo) e John Barbata (bateria).

Em junho de 1975, Young lançou um álbum triste e dissonante, chamado Tonight's the Night, que havia sido gravado dois anos antes. O estilo dark deste álbum refletia o estado emocional de Young, após as mortes por droga de Danny Whitten do Crazy Horse em 1972 e Bruce Berry, companheiro de CSN&Y, em 1973.

Em novembro de 1975, Young lançou seu álbum mais pesado, Zuma, um trabalho emocionalmente profundo, que incluía a música paulera "Cortex the Killer". Agora, o Crazy Horse era composto por Talbot, Molina e Frank Sampedro (guitarra rítmica). Em 1976, Young gravou Long May You Run com Stills, que ganhou disco de ouro. Ele e Stills iniciaram uma turnê, mas Young desistiu no meio do caminho.

Em junho de 1977, Young retornava ao seu estilo próprio com o álbum American Stars 'n Bars, com Linda Rondstadt fazendo backing vocal junto com a recém-chegada Nicolette Larson. Decade foi cuidadosamente selecionado, mas não totalmente centrado numa coletânea. Comes a Time, (1978) agradou o público e conquistou disco de ouro.

Em meados de 1978, Young fez uma turnê chamada Rust Never Sleeps, onde ele tocava músicas velhas e novas, apresentando-se sozinho, tocando piano e guitarra numa metade do show e com o Crazy Horse na outra, em meio a enormes dirtorções de microfones e alto-falantes. A reação a mudança repentina de Young era bastante sutil.

Em junho de 1979, ele lançou Rust Never Sleeps, com músicas que seriam tocadas em turnê, inclusive "Out of the Blue", dedicada a Johnny Rotten e ao Sex Pistols. Este álbum também era marcado pelas músicas "Sedan Delivery" e "Powderfinger", que certa vez Young ofereceu à Lynyrd Skynyrd, apesar deles nunca as terem gravado. (Em 1974, Skynyrd escreveu "Sweet Home Alabama" como uma resposta à música "Southern Man" de Young). Em 1979, Young lançou o disco de ouro Live Rust, que saiu em 1978 e virou trilha sonora de um filme da turnê (dirigido por Young), chamado Rust Never Sleeps.

Os anos oitenta foram particularmente estranhos para Young, apesar de seu estilo imprevisível. Pouco antes da semana das eleições presidenciais americanas de 1980, ele lançou Hawks and Doves, um álbum enigmático, que trazia partes acústicas de um lado e músicas country lentas do outro.

Exatamente um ano depois, ele lançou Reactor, um LP repleto de rock pesado que, por causa do título, parecia ter alguma coisa a ver com bomba nuclear. Em 1982, ele mudou-se para a gravadora Geffen e lançou Trans, que apresentava Young como "Neil 2". Ele sintetizou sua voz e cantou músicas como "Sample and Hold". Ele fez turnês como cantor solo quando o álbum foi lançado, cantando suas músicas mais pedidas e utilizou um enorme telão atraz do palco para poder dar efeito à sua voz sintetizada do Trans.

As turnês de Young ficaram mais interessantes com o Everybody's Rockin', um álbum estilo rockabilly gravado e apresentado com um grupo que ele chamava de Shocking Pinks. Este trabalho começou a cair de posição nas paradas. Old Ways foi um álbum country que teve a colaboração de Willie Nelson e Waylon Jennings. Landing on Water combinava a música New Wave sintetizada com o rock padrão. Já Life, reunia Young com o Crazy Horse em apresentações completamente sem graça. Após sua desastroza relação com a Geffen - a qual lhe deu um prejuízo de 3 milhões de dólares por fazer música "sem graça" e não comercial - Young voltou à sua gravadora inicial, para gravar This Note's for You, um álbum baseado no R&B (rythym and blues), que foi gravado com uma outra banda chamada Bluenotes. (O clipe deste álbum atacava os roqueiros que permitiam que suas músicas fossem utilizadas em comerciais de TV e que já haviam sido banalizadas pela MTV, apesar de ele ter ganho o prêmio da Video Music Awards de Melhor Videoclipe do Ano).

Em 1987, após ter aparecido com seus velhos companheiros na CSN, em apoio ao Greenpeace, Young conseguiu reunir o grupo CSN&Y novamente para o lançamento do álbum American Dream (1989).

Exceto o Freedom de 1989, nenhum dos álbuns dos anos oitenta de Young foi especialmente bem recebido pelo público fiel do artista, embora alguns - como o Trans - tivessem conquistado o interesse dos críticos. A maioria das letras dessa época mostrava claramente um deslize de Neil Young. Porém, houve momentos na vida pessoal de Young que chegaram a atrapalhar suas idéias excêntricas.

Em 1978, seu segundo filho, Ben, que ele teve com sua esposa Pegi, teve uma paralisia cerebral (em 1972, ele teve seu primeiro filho, Zeke, com a atriz Carrie Snodgress, que apresentava um leve distúrbio). Mais tarde, em 1992, numa entrevista com o New York Times, Young declarou que os anos oitenta era um reflexo de sua frustração por não poder se comunicar com Ben: "Trans significou o final de uma era de som e o início de outra, onde eu era indecifrável e ninguém conseguia entender o que eu estava dizendo."

As atividades extra-musicais de Young durante os anos 80 eram tão imprevisíveis quanto seus álbuns. Em 1984, para espanto de seus fãs, ele discursou em favor de Ronald Regan. Ele também participou do Live Aid em 1985 e ajudou a organizar os shows em benefício da Farm Aid. Em 1986, Young e sua esposa ingressaram na Bridge Schools em São Francisco, um centro de aprendizado para crianças com problema de comunicação. Em 1989, um grupo de roqueiros alternativos, incluindo o Sonic Youth, Pixies e Dinosaur, Jr., participaram do The Bridge: A Tribute to Neil Young, cuja renda foi destinada à escola. (Young também organizava shows beneficentes anuais para esta escola, nos quais um grande número de artistas participava).

Aclamado por uma nova geração de músicos pós-punks como o Vovô do Grunge, Young teve sua volta marcada no início de 1989 com Freedom, sua mais alta posição nas paradas desde Trans. Ele tocou seu single "Rockin' in the Free World" numa atribulada apresentação em 1989, chamada "Saturday Night Live". Então, Young reuniu o Crazy Horse para o Ragged Glory (1990), um álbum com críticas e elogios. Com um hard rock sem tempero e todo distorcido, o álbum trazia a extensa influência de Young sobre as novas bandas rocks alternativas, tais como Dinosaur, Jr. e Soul Asylum.

Em 1991, ele entrou na onda da nova geração de bandas e caiu na estrada com os roqueiros barulhentos do Sonic Youth e do Social Distortion. Essas turnês foram documentadas no Weld (cujo acompanhamento instrumental de 35 minutos do Arc, foi considerado extenso e barulhento demais). Young também começou a curtir rap, principalmente o som de Ice-T.

Harvest Moon (1992), que reunia ele com os integrantes do Stray Gators, trazia Young fazendo seus sons acústicos sentimentais. O resultado foi que Harvest foi o álbum mais vendido dos últimos 13 anos. Em 1992, Young apareceu na festa de aniversário dos 50 anos de Bob Dylan, tocando "Just Like Tom Thumb's Blues" e "All Along the Watchtower" do próprio Dylan.

Em 1993, lançou Lucky Thirteen que reunia o material da gravadora Geffen e dele mesmo e também Unplugged, um documentário de sua vida com apresentações acústicas que ele fez após o lançamento de Harvest Moon.

Em 1994, Young colaborou na trilha sonora do filme Philadelphia de Jonathan Demme, que ganhou um Oscar. Ele também lançou Sleeps with Angels (1994), seu álbum mais forte, consistente e bem elogiado desde Rust Never Sleeps. Após apresentar-se várias vezes com o Pearl Jam em 1995, Young participou do álbum Mirror Ball da banda, lançado em meados de 1995.

Em 2001, Neil Young se apresentou no Rock in Rio 3. O dinossauro do rock, com pinta de peão de boiadeiro, fechou a noite do segundo Sábado de Rock in Rio, ao lado de sua inseparável banda, Crazy Horse, que o acompanha há mais de 30 anos.

Famoso pela perfeição nas letras e nos acordes, mas principalmente pela simplicidade como se veste e comporta, o símbolo de uma geração entoou sucessos como o hino "Hey Hey, My my", mostrando que mesmo aos 54 anos, ele continua sabendo muito ben como agradar sua platéia.

Tudo bem que o show foi meio massante nos primeiros 30 minutos, com intermináveis solos de guitarra embalados por Neil, mas o veterano de Woodstock, considerado por muitos como o que há de mais puro em termos de rock`n`roll, deu um show que talvez tenha sido um dos mais esperados por milhares de pessoas que estiveram no Rock in Rio e que aguardaram por aquele momento a vida toda. Pessoas que sempre curtiram as viagens de Neil Young e se influenciaram com elas. Percebemos também a presença na platéia de muitos integrantes de bandas brasileiras e roqueiros das antigas, pagando reverência ao ídolo que atravessa o tempo, como a agulha que fura a pele grossa daquele roqueiro de Woodstock., conduzindo o que ele mais necessita, o rock.

Falando em droga, não em rock, Neil Young já experimentou de tudo, não em termos de droga, pois isso eu nào sei e nem quero saber, mas em termos de música. Ele já fez jazz, música eletrônica, bossa nova, fusion e experimental. Cada disco do cara é completamente diferente do outro. Talvez por isso o excesso de solos e de viagens nas músicas apresentadas no Rock in Rio.

Destaque da noite foi quando eles tocaram a clássica "Like a Hurricane". A mão de Neil sangrava muito, não pelo esforço, mas pela corda de sua guitarra que quebrou e deu um tom ainda mais cult à apresentação do cara.

Quando todos pensavam que o show estava acabado, nada disso, eles voltam para o bis e mais solos intermináveis. Poucos seres vivos nascidos no Brasil e fãs de Neil chegaram algum dia a imaginar vê-lo tocando em terras tupiniquins. Isto prova que alguns sonhos às vezes se realizam!

Parabéns Neil Young!

64 anos hoje!


Além dele hoje nasceram:

Dani Calabresa
Tiradentes
Björk
Paulinho da Viola
João Nogueira