11 de dez. de 2009

Entrevista com John Paul Jones

John Paul Jones, ex-baixista do LED ZEPPELIN, recentemente concedeu uma entrevista ao site Ultimate Guitar e falou sobre o THEM CROOKED VULTURES, seu projeto com os vocalistas e guitarristas Dave Grohl (FOO FIGHTERS) e Josh Homme (THE QUEENS OF THE STONE AGE). Abaixo seguem alguns trechos da conversa.


Quando você se reuniu com o Dave e o Josh, você sentiu o mesmo tipo de magia que você sentiu quando tocou com o Zeppelin pela primeira vez?


Jones: “Sim, eu senti; eu senti. Hum, nós meio que nos conhecemos na festa de aniversário do Dave no Medieval Times [restaurante] o que foi algo bem estranho. Com o Josh foi como que um encontra às escuras, ele sentou-se atrás de nós e ficou nos observando. E acho que o Josh estava razoavelmente envergonhado por estar ali. Mas foi divertido e nós fomos para o estúdio no dia seguinte e começamos a tocar. E sim, foi tudo muito rápido. Nós simplesmente percebemos, ‘Ah, na verdade, poderia rolar alguma coisa’. Eu já esperava que pudéssemos fazer algo juntos, eu não podia ver uma forma de isto não dar certo. Como isto não se tornar algo grande. Porque eu sempre gostei do QUEENS OF THE STONE AGE e sempre pensei que Josh era realmente interessante e o Dave, você sabe, Dave é ótimo de qualquer forma. Então eu não podia ver uma forma de isso não dar certo.”


Quando vocês se reuniram pela primeira vez, você trouxe algumas idéias para as músicas? Você tinha riffs guardados e coisas assim?


Jones: “Sim. Eu tinha alguns. Mas uma vez que entramos no estúdio nós começamos a trabalhar no material. Foi como, ‘Bem, o que vocês tem aí? Tem algo no qual vocês queiram começar a trabalhar?’ O Josh tinha alguns refrões e nós apenas trabalhamos neles e em seguida, nós os modificamos. Basicamente, as máquinas estavam funcionando o tempo todo e nós só juntamos tudo, escrevendo e gravando praticamente ao mesmo tempo. Trabalhamos em algumas músicas e reformulamos outras, isto cresceu e nós apenas sentamos, ouvimos e pensamos: ‘Uau, isso soa realmente bem."


Então foi um processo orgânico. Vocês não tiveram de se esforçar para realmente encontrar uma identidade para a banda?


Jones: “Foi muito orgânico. Eu não havia trabalhado dessa forma antes porque normalmente eu estou acostumado a já ter todas as músicas juntas e, em seguida, entro e gravo tudo de uma vez. Isso foi literalmente tudo o que aconteceu nesta sala; o estúdio do Josh. Incrível.”
Vocês produziram o álbum, e não trouxeram ninguém de fora. Você sente que ninguém sabia melhor do que a própria qual direção vocês queriam tomar?


Jones: “Sim; para outra pessoa provavelmente teríamos de explicar. Mas, lá já havia três produtores e todos nós sabíamos o que estávamos fazendo e todos nós poderíamos produzir uns aos outros. Se alguém estava fazendo overdubs ou fazendo os vocais, os outros dois poderiam ficar sentados na caixa de controle e fazer o que um produtor faria.”


Qual é a sensação de estar em sua primeira banda em tempo integral após três décadas? Havia alguns projetos antes deste e vários projetos solo, mas você nunca foi realmente um membro de uma banda desde o Zeppelin.


Jones: “Bem, me sinto afortunado por ainda ser capaz de fazer isso. Trata-se de músicas incríveis com pessoas incríveis. Nós viajamos em um ônibus, fazemos shows, as pessoas gostam dos shows, é realmente agradável. Eu não consigo pensar em mais nada que eu gostaria de estar fazendo neste momento a não ser isto. Lançar bons álbuns que agradam as pessoas, sim, estou muito feliz.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário